A ilustração científica através de desenhos e ilustrações
representa um ramo da biologia que explora, de forma minuciosa, os ambientes
naturais e os espécimes da flora e da fauna. A sua característica principal é a
fidelidade e exatidão dos traços em suas cores, formas e textura, o que garante
o reconhecimento e identificação a serviço das ciências.
As ilustrações são muito utilizadas, normalmente, em teses e
artigos voltados para a área ambiental. Podem ser muito comuns em livros guias
ou didáticos de espécies, tanto na botânica quanto na fauna, onde o autor opta
pela ilustração ao invés de utilizar fotos.
Ilustração: Fernando Capela
papa-taoca-do-sul (Pyriglena leucoptera)
Técnica: Lápis de cor aquarelável
Existem várias técnicas e materiais a serem utilizados os
quais necessitam de um rigor técnico, detalhamento profundo e conhecimento
científico do objeto a ser desenhado. Geralmente esses ilustradores são
biólogos, artistas plásticos ou grandes apreciadores da natureza, o que
facilita o conhecimento das estruturas do objeto, de cada parte do corpo animal
ou vegetal. Para essas pessoas, capacitadas para tal tipo de ilustração e/ou
desenho, sua forma de observação é diferenciada.
É uma atividade carregada de emoção e sensibilidade, já que
esses aspectos são visivelmente observados nas obras. Além disso, ganha muitas
vezes um caráter artístico e estético, sem interferir, é claro, no seu
fundamento científico.
Ilustração Fernando Capela, reprodução foto de Edson Endrigo.
suruacuá-de-barriga-amarela (Trogon rufus)
Técnica: lápis de cor aquarelável e giz pastel seco
A ilustração científica foi muito difundida aqui no Brasil
por naturalistas europeus nos séculos XVII, XVIII e XIV. Para retratar seus
trabalhos e compilar informações esses utilizaram de várias técnicas de
ilustração, das mais diversas pinturas, feitas principalmente a óleo. Muitas
dessas obras podem ser registradas no instituto Itaú Cultural localizado na
Avenida Paulista, São Paulo - SP.